Babàloòrisá João Bosco D’ Sangò
Parece que foi ontem que estávamos desejando feliz ano novo aos nossos familiares, amigos/as, pois é já estamos no meio do ano de 2011. Cremos ser momento de fazermos um balanço dos seis primeiros meses deste ano, e refletirmos sobre que conduta estamos levando no Ayé (plano material). Sem conduto querer ser fiscal da ordem, porém acreditamos que é uma forma podermos trilhar outro semestre com mais afinco, na certeza que tudo que fazemos, sentimos e agimos tem a presença de nossos Orisás. Entretanto de vez enquanto esquecemos que nossas Divindades tudo ouve, tudo vê, tudo sabe. E começamos a agir impensadamente, ora sendo levianos, ora sendo displicentes com as coisas de nossa religião. Nunca é demais lembrarmos que louvar é sem dúvida uma forma que nossos antepassados encontraram para que nossas Divindades se aproximem cada vez mais de nós, para tanto neste mês este meio de comunicação traz um artigo de uma profundidade fantástica para refletirmos sobre a importância do ato de louvar entre nós religiosos de matriz afro de Nação Ketu. O artigo intitula-se Oriki(invocação), no qual destaca a importância e o sentido dos orikis entre nós.
Assim sendo, é bom que destaque o ato de louvar nunca seja demais. Simples ou complexo deve a cada minuto de nossa existência enaltecer os Orisás por todas as dádivas que temos em nossas vidas.
Prosseguindo com a reflexão acerca dos yorubás e sua importância na constituição cultural-religioso afrobrasileira, apresentamos neste meio de comunicação outro texto da obra da pesquisadora Ronilda Iyakemi Ribeiro, da sua obra Alma Africana no Brasil- Os ioruba. Desta feita destacamos uma parte do capitulo 06 da referida obra, intitulado: A palavra e Comunicação, no qual a autora destaca a importância da palavra entre o povo de cultura yorubana, porque não também a nós afros-religiosos.
Em se tratando de antepassado, a lenda deste mês, destaca que devemos dar aos nossos antepassados, que, diga-se de passagem, muitas vezes é negligenciado por muito de nós. O que seria do presente, sem o passado? Portanto a de se destacar o que somos sem nossas raízes, sem nossos antepassados. Só estamos aqui como seres viventes no Ayé, em detrimento daqueles que já se foram para o Orun. E que nos legaram conhecimentos, cultura, e formas singulares de louvar, seja para pedir, agradecer, invocar nossas Divindades.
Destaca-se como datas significativas para nós afro-descendentes
praticamente ou não de religião afro o dia 05 de junho – Dia do Meio Ambiente. Em varias oportunidades este meio de comunicação destacou a preciosidade que a natureza tem para nós religiosos afro. A máxima nunca é demais lembrar, não existe Candomblé sem folhas, portanto temos e devemos ser defensores incontestáveis do meio ambiente saudável, limpo, pois é nesse meio que esta presente Divindades, homens, mulheres, animais, entre outros, por isso a busca do equilíbrio e harmonia os seres do Ayé e do Orun depende da vida em plenitude em consonância com a natureza. Para tanto, este blog traz a baila o artigo, especialmente adaptado para este meio de comunicação, intitulado – Os Orisás e a Natureza.
Três personalidades afro-descendentes são destacáveis neste mês. São eles Luiz Gama, nascido no dia 21 de junho de 1830, Machado de Assis, nascido no mesmo dia em 1839 e João Candido em 24 de junho de 1890.
Luiz Gonzaga Pinto da Gama, filho da valente e insubmissa negra nagô Luiza Mahin. Nasceu no estado da Bahia. Seu pai era um fidalgo português, estróina, que em 1840 vendeu o próprio filho a um traficante de escravos, para pagar dívidas de jogo.
A alma de Luiz Gama era tão pura e generosa que jamais se permitiu revelar, a quem quer que seja, o nome de seu pai, que se cobriu de opróbrio com este gesto insólito e monstruoso. Já em 1848, Luiz Gama não era mais escravo, conseguindo fugir do seu último "senhor", uma vez que carregava consigo documentos comprobatórios de sua condição de negro liberto, com os quais lhe é permitido assentar praça no Exército Brasileiro, quando em 1854 alcança o posto de cabo graduado. Luiz da Gama trazia no sangue o temperamento de negro rebelde, herdado certamente de sua mãe, Luiza Mahin, tanto é que por "atos de insubordinação” acabou por dar baixa no serviço militar, atos, que no seu entender, praticou com consciência e altivez na defesa da sua própria dignidade de criatura humana.
Luiz Gama foi copista e amanuense, funções das quais era afastado por força de perseguições racistas e políticas movidas pelos seus detratores, por não tolerarem as inclinações liberais e as suas atividades em favor dos negros escravizados e oprimidos. Luiz Gama formou-se em direito, conseguindo com talento, coragem e obstinação libertar mais de quinhentos escravos. É dessa época que se projeta a sua fama de orador arrebatado, impetuoso e intrépido quando se punha diante de uma causa nobre, fazendo do jornalismo e da tribuna um poderoso instrumento com o qual vergastava os exploradores do suor alheio e os inimigos da humanidade.
Foi ele que brandiu a célebre frase que afirmava de modo peremptório que "aquele negro que mata alguém que deseja mantê-lo escravo, seja em qualquer circunstância, mata em legítima defesa ! ". Segundo Américo Palha, estas palavras de fogo foram proferidas de forma corajosa, da tribuna do Tribunal do Júri .
De outra vez, em que se metia em defesa dos negros escravos, Luiz Gama depara com o temido José Bonifácio, o moço, como seu adversário no júri popular. Sem demonstrar o menor temor consegue estrondosa vitória que o permitiu libertar mais de cem negros escravos.
Abolicionista dos mais eloqüentes, convivendo com Castro Alves, Rui Barbosa e Joaquim Nabuco, Luiz Gama, entretanto, não chegou a ver o triunfo de sua causa, pois veio a falecer a 24 de agosto de 1882. (www.sampa.art.br)
Com referência a Machado de Assis, seu nome completo é Joaquim Maria Machado de Assis nascido no Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839, filho de um mulato e uma branca ele é considerado como o maior nome da literatura nacional. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário. Testemunhou a mudança política no país quando a República substituiu o Império e foi um grande comentador e relator dos eventos político-sociais de sua época. Autodidata, nunca frequentou universidade. Lutou para subir socialmente abastecendo-se de superioridade intelectual. Para isso, assumiu diversos cargos públicos, passando pelo Ministério da Agricultura, do Comércio e das Obras Públicas, e conseguindo precoce notoriedade em jornais onde publicava suas primeiras poesias e crônicas. Em sua maturidade, reunido a colegas próximos, fundou e foi o primeiro presidente unânime da Academia Brasileira de Letras. (www.wikipedia.org)
A terceira personalidade nascida no mês de junho é João Candido Felisberto nascido em 24 de junho de 1890. Filho dos ex-escravos João Felisberto e Inácia Cândido Felisberto. João Candido liderou em 1910 a Revolta da Chibata, que objetivava entre outras coisas o fim dos castigos corporais que os marujos sofriam ainda mesmo depois do decreto do presidente marechal Deodoro da Fonseca que proibia os castigos nas Forças Armadas. Candido alistou-se na Marinha do Brasil em Janeiro de 1895, aos 14 anos de idade. Tornou-se muito admirado pelos companheiros marinheiros, e muito elogiado pelos oficiais, por seu bom comportamento, e pelas suas habilidades principalmente como timoneiro. Era o marinheiro mais experiente e de maior trânsito entre marinheiros e oficiais. (www.wikipedia.org)
Assim sendo, é bom que destaque o ato de louvar nunca seja demais. Simples ou complexo deve a cada minuto de nossa existência enaltecer os Orisás por todas as dádivas que temos em nossas vidas.
Prosseguindo com a reflexão acerca dos yorubás e sua importância na constituição cultural-religioso afrobrasileira, apresentamos neste meio de comunicação outro texto da obra da pesquisadora Ronilda Iyakemi Ribeiro, da sua obra Alma Africana no Brasil- Os ioruba. Desta feita destacamos uma parte do capitulo 06 da referida obra, intitulado: A palavra e Comunicação, no qual a autora destaca a importância da palavra entre o povo de cultura yorubana, porque não também a nós afros-religiosos.
Em se tratando de antepassado, a lenda deste mês, destaca que devemos dar aos nossos antepassados, que, diga-se de passagem, muitas vezes é negligenciado por muito de nós. O que seria do presente, sem o passado? Portanto a de se destacar o que somos sem nossas raízes, sem nossos antepassados. Só estamos aqui como seres viventes no Ayé, em detrimento daqueles que já se foram para o Orun. E que nos legaram conhecimentos, cultura, e formas singulares de louvar, seja para pedir, agradecer, invocar nossas Divindades.
Destaca-se como datas significativas para nós afro-descendentes

Três personalidades afro-descendentes são destacáveis neste mês. São eles Luiz Gama, nascido no dia 21 de junho de 1830, Machado de Assis, nascido no mesmo dia em 1839 e João Candido em 24 de junho de 1890.
Luiz Gonzaga Pinto da Gama, filho da valente e insubmissa negra nagô Luiza Mahin. Nasceu no estado da Bahia. Seu pai era um fidalgo português, estróina, que em 1840 vendeu o próprio filho a um traficante de escravos, para pagar dívidas de jogo.
A alma de Luiz Gama era tão pura e generosa que jamais se permitiu revelar, a quem quer que seja, o nome de seu pai, que se cobriu de opróbrio com este gesto insólito e monstruoso. Já em 1848, Luiz Gama não era mais escravo, conseguindo fugir do seu último "senhor", uma vez que carregava consigo documentos comprobatórios de sua condição de negro liberto, com os quais lhe é permitido assentar praça no Exército Brasileiro, quando em 1854 alcança o posto de cabo graduado. Luiz da Gama trazia no sangue o temperamento de negro rebelde, herdado certamente de sua mãe, Luiza Mahin, tanto é que por "atos de insubordinação” acabou por dar baixa no serviço militar, atos, que no seu entender, praticou com consciência e altivez na defesa da sua própria dignidade de criatura humana.
Luiz Gama foi copista e amanuense, funções das quais era afastado por força de perseguições racistas e políticas movidas pelos seus detratores, por não tolerarem as inclinações liberais e as suas atividades em favor dos negros escravizados e oprimidos. Luiz Gama formou-se em direito, conseguindo com talento, coragem e obstinação libertar mais de quinhentos escravos. É dessa época que se projeta a sua fama de orador arrebatado, impetuoso e intrépido quando se punha diante de uma causa nobre, fazendo do jornalismo e da tribuna um poderoso instrumento com o qual vergastava os exploradores do suor alheio e os inimigos da humanidade.
Foi ele que brandiu a célebre frase que afirmava de modo peremptório que "aquele negro que mata alguém que deseja mantê-lo escravo, seja em qualquer circunstância, mata em legítima defesa ! ". Segundo Américo Palha, estas palavras de fogo foram proferidas de forma corajosa, da tribuna do Tribunal do Júri .
De outra vez, em que se metia em defesa dos negros escravos, Luiz Gama depara com o temido José Bonifácio, o moço, como seu adversário no júri popular. Sem demonstrar o menor temor consegue estrondosa vitória que o permitiu libertar mais de cem negros escravos.
Abolicionista dos mais eloqüentes, convivendo com Castro Alves, Rui Barbosa e Joaquim Nabuco, Luiz Gama, entretanto, não chegou a ver o triunfo de sua causa, pois veio a falecer a 24 de agosto de 1882. (www.sampa.art.br)
Com referência a Machado de Assis, seu nome completo é Joaquim Maria Machado de Assis nascido no Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839, filho de um mulato e uma branca ele é considerado como o maior nome da literatura nacional. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário. Testemunhou a mudança política no país quando a República substituiu o Império e foi um grande comentador e relator dos eventos político-sociais de sua época. Autodidata, nunca frequentou universidade. Lutou para subir socialmente abastecendo-se de superioridade intelectual. Para isso, assumiu diversos cargos públicos, passando pelo Ministério da Agricultura, do Comércio e das Obras Públicas, e conseguindo precoce notoriedade em jornais onde publicava suas primeiras poesias e crônicas. Em sua maturidade, reunido a colegas próximos, fundou e foi o primeiro presidente unânime da Academia Brasileira de Letras. (www.wikipedia.org)
A terceira personalidade nascida no mês de junho é João Candido Felisberto nascido em 24 de junho de 1890. Filho dos ex-escravos João Felisberto e Inácia Cândido Felisberto. João Candido liderou em 1910 a Revolta da Chibata, que objetivava entre outras coisas o fim dos castigos corporais que os marujos sofriam ainda mesmo depois do decreto do presidente marechal Deodoro da Fonseca que proibia os castigos nas Forças Armadas. Candido alistou-se na Marinha do Brasil em Janeiro de 1895, aos 14 anos de idade. Tornou-se muito admirado pelos companheiros marinheiros, e muito elogiado pelos oficiais, por seu bom comportamento, e pelas suas habilidades principalmente como timoneiro. Era o marinheiro mais experiente e de maior trânsito entre marinheiros e oficiais. (www.wikipedia.org)