Babálòórisá João Bosco D’Sangó
Sinceramente esperamos que os escritos do mês de agosto como todos outros meses possam contribuir minimamente com o avançar do conhecimento da Religião dos Orisás. Para tanto desejamos a todos/as boa leitura e um excelente mês.
Abraços Fraternos
Ultimamente tem-se ouvido muito a palavra intolerância, tanto em se tratando das religiões de matriz africana, quanto em se tratando de outros assuntos, entre os quais orientação sexual.
Paremos um pouco e vamos refletir acerca do verbo tolerar, de acordo com os dicionários da língua portuguesa esse verbo tem sinônimo de suportar. Portanto aquele/a que suportar algo ou alguém, o mesmo agüentar, resistir a; permite; aceita a. Assim sendo, tolerar nada tem a ver com respeito.
Pressupomos que nós religiosos de matriz africana não precisamos ser tolerados/as e sim respeitados/as na nossa forma de crer, louvar e reverenciar nossos/as antepassados/as.
Basta de lutar por tolerância religiosa, o que verdadeiramente temos que levantar bandeira é a favor do respeito incondicional às diversas formas de crer existente em nosso país, entre as quais nós afro-religiosos/as.
O século XXI é tido como o século da concórdia e da busca de relações humanas harmoniosas e equitativas. Observando por esse aspecto ressalvamos a importância de nós afro- religiosos/as buscarmos não uma sociedade que nos tolere, e sim que nos respeite como herdeiros de cresças ancestres passada de geração a geração através da tradição oral.
Para tanto, aproveitamos esse meio de comunicação para afirmar
com muita sinceridade que nossa luta diária enquanto praticante de religião de matriz africana, especialmente o candomblé de Nação Ketú é a busca incansável de conhecimento e sabedoria para nós deixarmos nos sucumbir diante de tantas adversidades que o dia-a-dia nos colocar. Ler, pesquisar, debater e aprender com os mais velhos deve fazer parte de nossa cultura religiosa. E olha que esse último item é um desafiador para todos/as nós, visto que somos frutos de uma sociedade que não respeita os/as mais velhos/as. Portanto, demonstrar valores éticos, postura moral, sem contudo ser moralista ou moralizante deve ser regra fundamental para sacerdotes e sacerdotisas afro. Pois, tais pessoas são vistas como modelos a serem seguidos. E qual o futuro terão as religiões de matriz afro se os/as lideres não fazerem de tudo para manter vivas as tradições e os respeito a tudo que nos foi passado pelos nossos/as ancestrais?
Não devemos ser contra as inovações, visto que as religiões de matriz afro sempre se demonstraram como uma grande vanguarda em nosso país, porém o que não devemos suportar são regras para acomodar esta ou aquela pessoa em conformidade com a ocasião ou coisa e tal. Macular fundamentos básicos é matar o que mais se procura preservar em nossa religião.
Por se falar em vanguarda é inegável que nossas casas, templos, roças, egbé, ilê asé desde os primórdios respeitou-se as diversas orientações sexuais presentes no espaço de asé. Porém, isso não nos da o direito como religiosos/as de querem brincar de Olodumaré. Homens serão sempre homens, e mulheres será sempre mulheres, independente da orientação sexual dos/as mesmos/as. Os/as Orisás nos respeita como somos, porém o que se torna abominável, por exemplo, iniciar um homem porque ele é homossexual para o cargo de Yarobá ou uma mulher para o cargo de Ogã, porque ela é lésbica. São dessas inovações entre outras que estamos referindo que maculam nossos/as antepassados/as. E isso não isso nada tem a ver com homofobia. O que esta se ressalvando são os valores essenciais das religiões afros, a saber homem nasce com essência e asé de homem e mulher nasce com essência e asé de mulher, e isso independe de sua orientação sexual. Com outras palavras um homem nunca poderá ser mãe e uma mulher jamais poderá ser pai. Mesmo que alguns/mas assim queira.
Portanto o respeito a todos os gêneros e todas as orientações sexuais em uma casa de asé é salutar, sem, contudo querer modificar aquilo que é mais sagrado para as religiões afro – A vontade de Olodumare.
O primeiro artigo desde mês corresponde à primeira parte do capitulo 08 da obra A alma africana no Brasil – os Iorubás, da pesquisadora Ronilda Iyakemi Ribeiro, neste fragmento de texto ela discute sobre o nascimento e a morte e sobre práticas religiosas na Nigéria e consecutivamente para nós praticantes de Candomblé de Nação ketu. De uma forma geral neste artigo a autora chama atenção para arte do bem viver para merecer uma morte também agradável.
Já o segundo artigo catado do site www.orixas.com.br , faz-se reflexões acerca do termo yorubá asé, vocábulo muito usado entre os praticantes de Candomblé de Nação Ketu. De certa forma o artigo desvenda o significado do termo, bem como em que momento usar tal palavra.
A lenda do mês faz alusão a sobre os fatores que fizeram de Sangó o Orisá da justiça.
Entre outras datas o mês de agosto (13/1986), dia é marcado pela morte física da Iyálorisá Maria Escolástica da Conceição Nazaré, mais conhecida como Menininha do Gantois. Foi a quarta Iyálorisá do Ilê Iyá Omi Axé Iyamassê (Terreiro do Gantois) é considerada a mais famosa de entre todo as afro-sacerdotisas brasileiras. Descendente de escravos africanos, aos 29 anos foi escolhida para ser líder do Ilê Iyá Omi Axé Iyamassê. Ao seu tempo lutou arduamente pelo reconhecimento e respeito do candomblé, em um momento em que tal religião era perseguida pelas autoridades policiais. Faleceu aos 92 anos de idade de morte natural.
Aproveitamos a oportunidade para agradecer a todos que se fizeram presentes nas comemorações ocorridas no dia 30 de julho do corrente ano.
Com referência às atividades do mês são as seguintes:
06 de agosto – das 15 às 18 horas (Sábado) – Reunião Interna;
07 de agosto (Domingo) – Almoço de Confraternização;
13 de agosto– das 15 às 18 horas (Sábado)- Atendimento ao Publico.
14 de agosto (Domingo) – Café da Manhã Fraterno com todos/as membros da Egbé Òní Omorisá Sangó;
Paremos um pouco e vamos refletir acerca do verbo tolerar, de acordo com os dicionários da língua portuguesa esse verbo tem sinônimo de suportar. Portanto aquele/a que suportar algo ou alguém, o mesmo agüentar, resistir a; permite; aceita a. Assim sendo, tolerar nada tem a ver com respeito.
Pressupomos que nós religiosos de matriz africana não precisamos ser tolerados/as e sim respeitados/as na nossa forma de crer, louvar e reverenciar nossos/as antepassados/as.
Basta de lutar por tolerância religiosa, o que verdadeiramente temos que levantar bandeira é a favor do respeito incondicional às diversas formas de crer existente em nosso país, entre as quais nós afro-religiosos/as.
O século XXI é tido como o século da concórdia e da busca de relações humanas harmoniosas e equitativas. Observando por esse aspecto ressalvamos a importância de nós afro- religiosos/as buscarmos não uma sociedade que nos tolere, e sim que nos respeite como herdeiros de cresças ancestres passada de geração a geração através da tradição oral.
Para tanto, aproveitamos esse meio de comunicação para afirmar
Não devemos ser contra as inovações, visto que as religiões de matriz afro sempre se demonstraram como uma grande vanguarda em nosso país, porém o que não devemos suportar são regras para acomodar esta ou aquela pessoa em conformidade com a ocasião ou coisa e tal. Macular fundamentos básicos é matar o que mais se procura preservar em nossa religião.
Por se falar em vanguarda é inegável que nossas casas, templos, roças, egbé, ilê asé desde os primórdios respeitou-se as diversas orientações sexuais presentes no espaço de asé. Porém, isso não nos da o direito como religiosos/as de querem brincar de Olodumaré. Homens serão sempre homens, e mulheres será sempre mulheres, independente da orientação sexual dos/as mesmos/as. Os/as Orisás nos respeita como somos, porém o que se torna abominável, por exemplo, iniciar um homem porque ele é homossexual para o cargo de Yarobá ou uma mulher para o cargo de Ogã, porque ela é lésbica. São dessas inovações entre outras que estamos referindo que maculam nossos/as antepassados/as. E isso não isso nada tem a ver com homofobia. O que esta se ressalvando são os valores essenciais das religiões afros, a saber homem nasce com essência e asé de homem e mulher nasce com essência e asé de mulher, e isso independe de sua orientação sexual. Com outras palavras um homem nunca poderá ser mãe e uma mulher jamais poderá ser pai. Mesmo que alguns/mas assim queira.
Portanto o respeito a todos os gêneros e todas as orientações sexuais em uma casa de asé é salutar, sem, contudo querer modificar aquilo que é mais sagrado para as religiões afro – A vontade de Olodumare.
O primeiro artigo desde mês corresponde à primeira parte do capitulo 08 da obra A alma africana no Brasil – os Iorubás, da pesquisadora Ronilda Iyakemi Ribeiro, neste fragmento de texto ela discute sobre o nascimento e a morte e sobre práticas religiosas na Nigéria e consecutivamente para nós praticantes de Candomblé de Nação ketu. De uma forma geral neste artigo a autora chama atenção para arte do bem viver para merecer uma morte também agradável.
Já o segundo artigo catado do site www.orixas.com.br , faz-se reflexões acerca do termo yorubá asé, vocábulo muito usado entre os praticantes de Candomblé de Nação Ketu. De certa forma o artigo desvenda o significado do termo, bem como em que momento usar tal palavra.
A lenda do mês faz alusão a sobre os fatores que fizeram de Sangó o Orisá da justiça.
Entre outras datas o mês de agosto (13/1986), dia é marcado pela morte física da Iyálorisá Maria Escolástica da Conceição Nazaré, mais conhecida como Menininha do Gantois. Foi a quarta Iyálorisá do Ilê Iyá Omi Axé Iyamassê (Terreiro do Gantois) é considerada a mais famosa de entre todo as afro-sacerdotisas brasileiras. Descendente de escravos africanos, aos 29 anos foi escolhida para ser líder do Ilê Iyá Omi Axé Iyamassê. Ao seu tempo lutou arduamente pelo reconhecimento e respeito do candomblé, em um momento em que tal religião era perseguida pelas autoridades policiais. Faleceu aos 92 anos de idade de morte natural.
Aproveitamos a oportunidade para agradecer a todos que se fizeram presentes nas comemorações ocorridas no dia 30 de julho do corrente ano.
Com referência às atividades do mês são as seguintes:
06 de agosto – das 15 às 18 horas (Sábado) – Reunião Interna;
07 de agosto (Domingo) – Almoço de Confraternização;
13 de agosto– das 15 às 18 horas (Sábado)- Atendimento ao Publico.
14 de agosto (Domingo) – Café da Manhã Fraterno com todos/as membros da Egbé Òní Omorisá Sangó;
20 de agosto (Sábado) - Projeto Discutindo Candomblé Ketú.
Sinceramente esperamos que os escritos do mês de agosto como todos outros meses possam contribuir minimamente com o avançar do conhecimento da Religião dos Orisás. Para tanto desejamos a todos/as boa leitura e um excelente mês.
Abraços Fraternos