BABALOORISÁ BOSCO D’ SANGO
Quem
de nós nunca sentiu-se desprotegido e com uma vontade imensa de desistir de
tudo. Uma vez ou outra passa pelas nossas cabeças tais situações. Especialmente
quando estamos com alguma dificuldade. Entre nós candomblistas não é diferente.
Nessas horas de amargura muitas vezes caímos no engodo de culpar nossos Orisás
pelas nossas mazelas, seja ela qual for. Nesse caso estamos referindo as coisas
bem corriqueiras, do tipo solidão, tristeza, doença, falta de um amor ou de
amigos, desemprego entre outras. Decorre desse pormenor a seguinte indagação:
Nossos ancestrais divinizados, da qual chamamos de Orisá, tem alguma
culpa de nossas mazelas humanas? Se a resposta for sim, surge outra indagação:
Qual a culpa?
Muitos, entre nós candomblistas, por
pouca coisa acabam por desistir de cultuar os Orisás, e embebecidos por
facilidades de milagres logísticos, enveredam para outras religiões que
prometem o fim da tristeza, da solidão, das doenças, da falta de um amor. Na
busca incansável da tão sonhada felicidade plena. Por sua vez, começam a
maldizer e até mesmo amaldiçoar o culto e as divindades que em outrora lhe
valeu em muitas horas de suas vidas. Pois, responsabilizam as divindades por
todas suas agruras.
Outra questão a indagar refere-se a
felicidade plena. Somos humanos, e independente da nossa convicção religiosa
vez ou outra passaremos por alguma dificuldade na vida, seja amorosa, seja
profissional ou familiar.
Os Orisás estão presentes em
todos os aspectos de nossas vidas e, em todos os minutos de nossa existência,
seja no Ayê ou no Orun, portanto como tais conhecem todas nossas dificuldades,
nossos dias de alegrias e/ou tristeza. Conosco alegram e nos consola nos
momentos de dor e aflição.
Como humanos e convictos de nossa fé
ancestral, também temos que estar convencidos de mesmo não tendo nascidos para
passar por sofrimentos, muitas vezes nos abatemos, entretanto aferir culpa a
seres do além é muito cômodo e confortável. E, é nos momentos de maiores
dificuldades que tem-se que ter a certeza que nossos Orisás estão
conosco, nos guiando e dirigindo nossos passos e acima de tudo nos apontando
caminhos para trilharmos em busca da felicidade. Sabendo que felicidade nunca é
plena e temos que agradecer a todo minuto de nossa vida a presença cotidiana de
nossos ancestrais divinizados em nossas vidas.
Tendo essa premissa de que não há
felicidade plena, temos que a cada instante de nossas vidas buscar
harmonizar-nos primeiro conosco mesmo, depois com todos (as) que estão em nossa
volta. Sem esquecer jamais que também devemos harmonizar-nos com a mãe natureza
que tudo nos nesta vida e que também acolhe nosso corpo etéreo quanto partimos
para o Orun.
De
nada adianta queremos viver em uma redoma de cristal na qual a harmonia eterna
seja nossa meta principal. Antes de qualquer coisa é necessário como humano, com
nossos erros e acertos, com nossas qualidades e defeitos. Lógico procurando
sempre melhorar nossa conduta neste plano.
Portanto
ter convicção de que Orisá nos dá suporte suficiente para nossa
caminhada diária deve fazer parte de nosso cotidiano. Sem Eles (os Orisás)
nada seriamos neste mundo.
Aproveitamos
a oportunidade para elencarmos as atividades do mês de junho na Ègbé Omorisá
Sangó:
Dia
02 (Sábado– das 15 às 18 horas) Atendimento Público;
Dia06
– (Quarta Feira - às 20h30min) Amalá;
Dia
07 – ( Quinta Feira _ às 10 horas da manhã) Quinta Feira de Odé – Oferenda para
o Orisá Odé
Dia
09 - (Sábado– das 15 às 18 horas) Projeto – Discutindo Candomblé de Nação Ketu
– Estudo e debate;
Dia
16 - (Sábado– das 15 às 18 horas) Projeto Cantando e Dançando para Orisá
( Projeto liderado e desenvolvido por Ya Nair d1 Oya;
Dia
23 - (Sábado– das 15 às 18 horas) Projeto – Discutindo Candomblé de Nação Ketu
– Estudo e debate;
Desejamos
a todos um mês abençoado, produtivo e de muitas alegrias. Que a presença de
todos (as) faça parte do cotidiano de todos (as) aqueles (as) que lêem este
meio de comunicação.
Asé
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