Boas Vindas!!

MOJUBÁ !
Temos o intuito de incentivar e discultir textos sobre as religiões de matriz africana entre outras questões que envolve essa temática, também ter um espaço para divulgação da atividades da Egbé que alcança o Ilê Axé Sangó e o Centro Cultural Ébano Brasil.

sábado, 6 de agosto de 2011

                                                                                                        Babálòórisá João Bosco D’Sangó

    Ultimamente tem-se ouvido muito a palavra intolerância, tanto em se tratando das religiões de matriz africana, quanto em se tratando de outros assuntos, entre os quais orientação sexual.
        Paremos um pouco e vamos refletir acerca do verbo tolerar, de acordo com os dicionários da língua portuguesa esse verbo tem sinônimo de suportar. Portanto aquele/a que suportar algo ou alguém, o mesmo agüentar, resistir a; permite; aceita a. Assim sendo, tolerar nada tem a ver com respeito.
    Pressupomos que nós religiosos de matriz africana não precisamos ser tolerados/as e sim respeitados/as na nossa forma de crer, louvar e reverenciar nossos/as antepassados/as.
    Basta de lutar por tolerância religiosa, o que verdadeiramente temos que levantar bandeira é a favor do respeito incondicional às diversas formas de crer existente em nosso país, entre as quais nós afro-religiosos/as.
    O século XXI é tido como o século da concórdia e da busca de relações humanas harmoniosas e equitativas. Observando por esse aspecto ressalvamos a importância de nós afro- religiosos/as buscarmos não uma sociedade que nos tolere, e sim que nos respeite como herdeiros de cresças ancestres passada de geração a geração através da tradição oral.
    Para tanto, aproveitamos esse meio de comunicação para afirmar
com muita sinceridade que nossa luta diária enquanto praticante de religião de matriz africana, especialmente o candomblé de Nação Ketú é a busca incansável de conhecimento e sabedoria para nós deixarmos nos sucumbir diante de tantas adversidades que o dia-a-dia nos colocar. Ler, pesquisar, debater e aprender com os mais velhos deve fazer parte de nossa cultura religiosa. E olha que esse último item é um desafiador para todos/as nós, visto que somos frutos de uma sociedade que não respeita os/as mais velhos/as. Portanto, demonstrar valores éticos, postura moral, sem contudo ser moralista ou moralizante deve ser regra fundamental para sacerdotes e sacerdotisas afro. Pois, tais pessoas são vistas como modelos a serem seguidos. E qual o futuro terão as religiões de matriz afro se os/as lideres não fazerem de tudo para manter vivas as tradições e os respeito a tudo que nos foi passado pelos nossos/as ancestrais?
    Não devemos ser contra as inovações, visto que as religiões de matriz afro sempre se demonstraram como uma grande vanguarda em nosso país, porém o que não devemos suportar são regras para acomodar esta ou aquela pessoa em conformidade com a ocasião ou coisa e tal. Macular fundamentos básicos é matar o que mais se procura preservar em nossa religião.
    Por se falar em vanguarda é inegável que nossas casas, templos, roças, egbé, ilê asé desde os primórdios respeitou-se as diversas orientações sexuais presentes no espaço de asé. Porém, isso não nos da o direito como religiosos/as de querem brincar de Olodumaré. Homens serão sempre homens, e mulheres será sempre mulheres, independente da orientação sexual dos/as mesmos/as. Os/as Orisás nos respeita como somos, porém o que se torna abominável, por exemplo, iniciar um homem porque ele é homossexual para o cargo de Yarobá ou uma mulher para o cargo de Ogã, porque ela é lésbica. São dessas inovações entre outras que estamos referindo que maculam nossos/as antepassados/as. E isso não isso nada tem a ver com homofobia. O que esta se ressalvando são os valores essenciais das religiões afros, a saber homem nasce com essência e asé de homem e mulher nasce com essência e asé de mulher, e isso independe de sua orientação sexual. Com outras palavras um homem nunca poderá ser mãe e uma mulher jamais poderá ser pai. Mesmo que alguns/mas assim queira.
    Portanto o respeito a todos os gêneros e todas as orientações sexuais em uma casa de asé é salutar, sem, contudo querer modificar aquilo que é mais sagrado para as religiões afro – A vontade de Olodumare.
    O primeiro artigo desde mês corresponde à primeira parte do capitulo 08 da obra A alma africana no Brasil – os Iorubás, da pesquisadora Ronilda Iyakemi Ribeiro, neste fragmento de texto ela discute sobre o nascimento e a morte e sobre práticas religiosas na Nigéria e consecutivamente para nós praticantes de Candomblé de Nação ketu. De uma forma geral neste artigo a autora chama atenção para arte do bem viver para merecer uma morte também agradável.
    Já o segundo artigo catado do site www.orixas.com.br , faz-se reflexões acerca do termo yorubá asé, vocábulo muito usado entre os praticantes de Candomblé de Nação Ketu. De certa forma o artigo desvenda o significado do termo, bem como em que momento usar tal palavra.
    A lenda do mês faz alusão a sobre os fatores que fizeram de Sangó o Orisá da justiça.
    Entre outras datas o mês de agosto (13/1986), dia é marcado pela morte física da Iyálorisá Maria Escolástica da Conceição Nazaré, mais conhecida como Menininha do Gantois. Foi a quarta Iyálorisá do Ilê Iyá Omi Axé Iyamassê (Terreiro do Gantois) é considerada a mais famosa de entre todo as  afro-sacerdotisas brasileiras. Descendente de escravos africanos, aos 29 anos foi escolhida para ser líder do Ilê Iyá Omi Axé Iyamassê. Ao seu tempo lutou arduamente pelo reconhecimento e respeito do candomblé, em um momento em que tal religião era perseguida pelas autoridades policiais. Faleceu aos 92 anos de idade de morte natural.
    Aproveitamos a oportunidade para agradecer a todos que se fizeram presentes nas comemorações ocorridas no dia 30 de julho do corrente ano.
Com referência às atividades do mês são as seguintes:
        06 de agosto – das 15 às 18 horas (Sábado) –  Reunião Interna;
          07 de agosto (Domingo) – Almoço de Confraternização;
         13 de agosto– das 15 às 18 horas (Sábado)- Atendimento ao Publico.
     14 de agosto (Domingo) – Café da Manhã Fraterno com todos/as membros da Egbé Òní Omorisá Sangó;
         20 de agosto (Sábado) - Projeto Discutindo Candomblé Ketú.

    Sinceramente esperamos que os escritos do mês de agosto como todos outros meses possam contribuir minimamente com o avançar do conhecimento da Religião dos Orisás. Para tanto desejamos a todos/as boa leitura e um excelente mês.
     Abraços Fraternos

Dimensão Espiritual e Práticas Religiosas

Por Ronilda Iyakemi Ribeiro

    Para o africano, o universo visível é concebido como concretização ou envoltório de um universo invisível, de forças em contínuo e eterno movimento. Vimos também que todas as condutas incluem relações com seres da dimensão supra-sensível.             A participação na trama social, cujo início coincide com o nascimento e cujo término coincide com a morte, é tida como uma parte da existência global do homem, ser oriundo da dimensão espiritual à qual retornará após a morte. Nascimento e morte incluem-se entre tantos outros acontecimentos críticos da existência e são marcados por ritos de passagem.
    Cada ser humano que chega ao mundo, como um mensageiro da “outra dimensão”, manifesta o sagrado, não sendo visto apenas como produto dos pais. Recebido com respeito, seu nome deve ser descoberto e não inventado. Pronunciá-lo é saudar esse ser celeste e convidá-lo para habitar a sociedade dos homens. (Erny, 1968:68)
    Antes do nascimento da criança seus pais consultam o oráculo para conhecerem a procedência espiritual do filho e ao educá-lo levam em consideração que ao educador é reservada a tarefa de favorecer o processo de saída da borboleta de sua crisálida e de zelar para que não seja sufocada antes de ver o dia. Consideram que não é o educador que cria a borboleta com suas belas cores. Estas chegam até ele de longe, refletem a passagem através do cosmos. Traz muito mais do que o educador poderia lhe oferecer. Renova os que a recebem, os rejuvenesce, restaura, regenera. (p. 82)
O retorno ao mundo numinoso, à dimensão espiritual ocorre por ocasião da morte. Iku, a morte, símbolo masculino associado ao mito da gênese do ser humano, restitui à terra o que lhe pertence, agindo pois, como instrumento indispensável de restituição e de renascimento.
    A passagem pela morte física é marcada por ritos fúnebres
complexos, de importância fundamental para o bem-estar do ser em sua nova condição de existência20. O ser que cumpre integralmente seu ipin ori (destino do ori), amadurece para a morte e, recebendo ritos fúnebres adequados, alcança a condição de ancestral ao passar do aiye para o orun. Em outras palavras, a pessoa somente alcança a posição de ancestral se vive uma boa vida, tem boa morte em idade avançada e recebe ritos fúnebres adequados. Considera-se boa vida a conduzida segundo princípios morais, ocupando o caráter pessoal posição de relevância nessa conquista. Segundo Dopamu (1990), o homem em sua luta constante contra o mal – situado fora e dentro de si mesmo - tem por couraça o próprio caráter. Boa vida é a conduzida segundo os princípios de um bom caráter, que privilegiam interesses de ordem grupal em relação aos individuais. Boa morte é a natural, ocorrida em idade avançada, não sendo consideradas boas mortes, a do suicida, do acidentado, do afogado, do louco, do leproso, de crianças, jovens, mulheres grávidas e mulheres ao dar à luz.
        Muitos podem ser os destinos após a morte: o espírito pode reencarnar depois de algum tempo, de acordo com um plano divino, efetuando um reencarne legítimo. Pode também, reencarnar de modo ilegítimo ou ilegal - ocupando um corpo de embrião que não está sendo formado para ele: o verdadeiro dono do corpo é expulso e o usurpador ocupa seu lugar por toda a encarnação. Algumas pessoas crêem que o outro mundo é neste planeta mesmo – os que morrem em determinado lugar passam a viver em outro, permanecendo ainda na terra, às vezes com o mesmo corpo. Tais pessoas, chamadas aku-da-aya, levam vida normal em seus novos locais de moradia, trabalhando, casando e tendo filhos. Invisíveis aos olhos de parentes e amigos, permanecem em outra localidade até o momento de morrer novamente ou até que ocorra um fato determinante de nova mudança de lugar, em condições análogas. Os aku-daaya são reconhecíveis por viverem longo tempo numa comunidade sem falar a respeito da própria origem e sem receber visitas. Outras pessoas crêem que enquanto os prematuramente mortos continuam vagando na terra, os de idade avançada rumam para o mundo espiritual.
    Outros ainda, afirmam que pessoas más ou que sofreram má morte não encontram lugar no mundo espiritual, necessitando prolongar suas vidas na terra. Fantasmas dessas pessoas podem ocupar corpos de animais, répteis, pássaros ou árvores, por não encontrarem lugar para si no mundo espiritual.
        Há, ainda, a crença na existência de duas áreas ocupadas por espíritos de mortos: orun rere - o bom céu, habitado pelas divindades e ancestrais e orun apaadi - o céu de muitas infelicidades, habitado pelos infelizes que sofreram má morte e pelos maus, julgados pelo Ser Supremo, segundo seu caráter. Terrível é o destino destes últimos: sem desfrutar da companhia dos ancestrais, sem direito à reencarnação nem à lembrança, ficam condenados à solidão e ao esquecimento. A eles não é reservado sequer o direito de aparecerem em sonhos ou visões. Morrem totalmente. Orun rere, por outro lado, é sereno e prazeroso. Vivendo ao lado dos ancestrais, sendo um deles, podem permanecer junto aos familiares, intervindo em suas atividades diárias. Também lhes é permitido reencarnar em alguma criança do âmbito
familiar. A vida no orun rere é de interminável companheirismo, numa comunidade composta de parentes e amigos.
    Os ritos fúnebres podem variar segundo a religião professada pela família do falecido, mas a festa fúnebre é tradição respeitada por todos. Se a pessoa morre em idade avançada é homenageada com grandes festas que, realizadas na rua ou ruas próximas à casa, chegam a reunir mais de quinhentos convidados. Havendo condições econômicas, a família contrata cantores. Caso contrário, aluga aparelhos de som. A festa tem início após o enterro, no dia seguinte ao da morte e pode durar até vinte e quatro horas, com comida farta, bebida abundante e muita dança. No terceiro dia após a morte, a família prepara bastante akara e distribui aos amigos na rua. No oitavo e quadragésimo dia repetem-se os festejos, sendo o último e mais grandioso, denominado Festa Final. A má morte não é festejada. Exceção única a isso, constitui a festa por ocasião da morte dos velhos, qualquer que tenha sido suacircunstância.
    Muitos enterros são realizados na área externa da casa - na frente, ao lado ou no quintal dos fundos. Construído o túmulo, o morto é ali enterrado e ali permanece, perto de seus familiares. Em sua proximidade brincam as crianças, ciscam as galinhas e desenvolve-se a rotina doméstica. Elbein dos Santos (1986) ouviu, entre os babalaôs da Nigéria, descrições do orun como sendo composto de nove espaços. Ifatoogun, de Osogbo, um dos sacerdotes versados nos mistérios oraculares, descreveu os nove espaços do orun como superpostos, coincidindo o espaço central com a terra, permanecendo quatro abaixo e quatro acima dele. Os nove compartimentos formam um todo, unem-se através do opo-orun oun aiyé, pilar que liga o orun ao aiye.
    Na prática da Religião Tradicional Iorubá os cultos são regulares e deles faz parte o sacrifício - alimentos, bebidas, animais, legumes e frutas – orientado pelo oráculo e realizado em obediência às preferências alimentares e tabus das divindades homenageadas. (RIBEIRO, Ronilda Iyakemi. Alma Africana no Brasil- Os iorubas. Salvador-BA, Ed. Oduduwa,1996.p. 58 a 59)

A PALAVRA AXÉ (ASÈ)

           Para o yorùbá, o verbo mais importante é realizar. Um homem [e/ou uma mulher] vem a Ilu Aiye, o Planeta Terra, para realizar, para fazer algo, para deixar sua marca e sua lembrança. É assim que ele [e/ou ela] será recordado [a] por sua descendência, através de suas realizações.
        Nada é feito sem o apoio dos Òrìsà, porque é através da força que flui deles para nós que esta realização ocorre.
        Ase significa isso: Awa - nós / se - realizar. Ase, nós realizamos, com a ajuda, a força e o poder de nossa crença nos Òrìsà e nos nossos Ancestrais.
        Hoje esta nossa palavra de significado mágico se banalizou, virou música chula, de bom ritmo e de forte apelo sexual. Para muitos, Ase é dançar com pouca roupa, "colocando a mão aqui e passando a mão ali, sentando na garrafa e mexendo o que não deve".
        E uma palavra sagrada, tão importante quanto Amem, Inshallah, Maktub, Aleluia, Salam, Shalon, Om Shanti, Assim Seja e tantas outras, em tantas línguas, está por aí desvirtuada, destituída de seu significado religioso, servindo de apelo comercial e chamariz sexual.
        Conclamamos os Sacerdotes [e sacerdotisas] afro descendentes a sair em campo esclarecendo, defendendo, e se reapossando de nosso Ase!
        Que volte a encerrar as nossas bênçãos, as nossas preces, que aquele que ouvir a palavra Ase sinta-se abençoado e pleno de graça. Que um homem[e/ou mulher] de Ase seja um Sacerdote[e/ou Sacerdotisa] e não um símbolo sexual.
        Que uma viagem de Ase seja uma visita à Terra Mãe África e não alguns dias de carnaval na Bahia. Que todo brasileiro, independente de sua opção religiosa, tenha muito Ase! E, para encerrar, Ase .. Ase .. Ase .
(...)
        O idioma yorubá, se bem que ligeiramente alterado, como é natural pela dinâmica da evolução, permanece sem mudanças palpáveis a nível do significado das palavras. O modo de se falar o yorubá é sempre o mesmo, várias palavras juntas formam um significado diferente. Tomemos, por exemplo, os nomes próprios. Obalade, nome comum em famílias de origem real, que significa - Oba:Rei; ni: ter, ser (que a frente de uma vogal transforma-se em l); ade: coroa.
        Temos então uma palavra que ao mesmo tempo é uma frase: Obalade - O Rei tem coroa, O Rei é coroa (realeza).
        Um pouco estranho para um ocidental, mas para nós, yorubá, perfeitamente lógico e simples. Asé, palavra mágica, significa: Nós realizamos. Pode, pelo seu poder de ofo (magia que sai da boca do ser humano preparado para dizê-la), ser usada para desejar boas coisas, como saúde, felicidade, dinheiro, amor, alegria, paz, vida, sabedoria. Mas o idioma yorubá dispõe de palavras próprias para todos esses dizeres, que são aláfia, owo, ifé, ayó, laja, aiye, imoye.
        Se os[as] sacerdotes [sacerdotisas] mais velhos[as] não conhecem essas palavras diferenciadas, e ensinaram a seus filhos que todos os bons desejos se resumem na palavra Asé, sugerimos que reflitam que isso pode gerar conflitos, como vêm gerando, com sacerdotes [e sacerdotisas] não só do Candomblé Ketu, que usa o yorubá como língua mãe, mas até com os de Candomblé Angola e Jeje, que originalmente não deveriam ter o yorubá como referência linguística.
        Asé, palavra yorubá, significa: Nós realizamos, e não podemos mudar a semântica da palavra, alterar a semiótica do idioma yorubá apenas para agradar teimosos que insistem em discutir publicamente seu significado, usando o batido argumento que: “Em 1978, meu Pai me ensinou assim, então é assim e não vou admitir outro significado. O yorubá da África é errado, certo era o do meu Pai”. Tradição de Orisa e Candomblé Ketu são religiões diferentes. Enquanto alguns Pais brasileiros lutam por manter a inércia religiosa, a Tradição de Orisa evolui. Asé!
www.orixas.com.br

Xangô é reconhecido como o Orixá da justiça

           Xangô e seus homens lutavam com um inimigo implacável. Os guerreiros de Xangô, capturados pelos inimigos, eram mutilados e torturados até a morte, sem piedade ou compaixão. As atrocidades já não tinham limites.
        O inimigo mandava entregar a Xangô seus homens aos pedaços. Xangô estava desesperado e enfurecido. Foi então que Ele subiu no alto de uma pedreira perto do acampamento e dali consultou Orunmilá. Irado começou a bater nas pedras com seu machado de dois corte – o Oxé. O machado arrancava das pedras faíscas, que acendiam no ar famintas línguas de fogo, que devoravam os soldados inimigos. Assim a guerra perdida foi se transformando em vitória.
        Xangô ganhou a guerra. Os chefes inimigos que haviam ordenado o massacre dos soldados de Xangô foram dizimados por um raio que o mesmo disparou no auge da fúria. Mas os soldados inimigos que sobreviveram foram poupados por Xangô. A partir daí, o senso de justiça dele foi admirado e cantado por todos [as]. Através dos séculos, os Orixás, os homens e as mulheres têm recorridos a esse Orixá para resolver todo tipo de pendência, julgar as discordâncias e administrar a justiça. (PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixás. Cia das Letras. São Paulo-SP, 2001. p.245)