Boas Vindas!!

MOJUBÁ !
Temos o intuito de incentivar e discultir textos sobre as religiões de matriz africana entre outras questões que envolve essa temática, também ter um espaço para divulgação da atividades da Egbé que alcança o Ilê Axé Sangó e o Centro Cultural Ébano Brasil.

terça-feira, 5 de junho de 2012

A PRESENÇA DOS ORISÁS EM NOSSO COTIDIANO


BABALOORISÁ BOSCO D’ SANGO

Quem de nós nunca sentiu-se desprotegido e com uma vontade imensa de desistir de tudo. Uma vez ou outra passa pelas nossas cabeças tais situações. Especialmente quando estamos com alguma dificuldade. Entre nós candomblistas não é diferente. Nessas horas de amargura muitas vezes caímos no engodo de culpar nossos Orisás pelas nossas mazelas, seja ela qual for. Nesse caso estamos referindo as coisas bem corriqueiras, do tipo solidão, tristeza, doença, falta de um amor ou de amigos, desemprego entre outras. Decorre desse pormenor a seguinte indagação: Nossos ancestrais divinizados, da qual chamamos de Orisá, tem alguma culpa de nossas mazelas humanas? Se a resposta for sim, surge outra indagação: Qual a culpa?

            Muitos, entre nós candomblistas, por pouca coisa acabam por desistir de cultuar os Orisás, e embebecidos por facilidades de milagres logísticos, enveredam para outras religiões que prometem o fim da tristeza, da solidão, das doenças, da falta de um amor. Na busca incansável da tão sonhada felicidade plena. Por sua vez, começam a maldizer e até mesmo amaldiçoar o culto e as divindades que em outrora lhe valeu em muitas horas de suas vidas. Pois, responsabilizam as divindades por todas suas agruras.

            Outra questão a indagar refere-se a felicidade plena. Somos humanos, e independente da nossa convicção religiosa vez ou outra passaremos por alguma dificuldade na vida, seja amorosa, seja profissional ou familiar.

            Os Orisás estão presentes em todos os aspectos de nossas vidas e, em todos os minutos de nossa existência, seja no Ayê ou no Orun, portanto como tais conhecem todas nossas dificuldades, nossos dias de alegrias e/ou tristeza. Conosco alegram e nos consola nos momentos de dor e aflição.

            Como humanos e convictos de nossa fé ancestral, também temos que estar convencidos de mesmo não tendo nascidos para passar por sofrimentos, muitas vezes nos abatemos, entretanto aferir culpa a seres do além é muito cômodo e confortável. E, é nos momentos de maiores dificuldades que tem-se que ter a certeza que nossos Orisás estão conosco, nos guiando e dirigindo nossos passos e acima de tudo nos apontando caminhos para trilharmos em busca da felicidade. Sabendo que felicidade nunca é plena e temos que agradecer a todo minuto de nossa vida a presença cotidiana de nossos ancestrais divinizados em nossas vidas.

            Tendo essa premissa de que não há felicidade plena, temos que a cada instante de nossas vidas buscar harmonizar-nos primeiro conosco mesmo, depois com todos (as) que estão em nossa volta. Sem esquecer jamais que também devemos harmonizar-nos com a mãe natureza que tudo nos nesta vida e que também acolhe nosso corpo etéreo quanto partimos para o Orun.

De nada adianta queremos viver em uma redoma de cristal na qual a harmonia eterna seja nossa meta principal. Antes de qualquer coisa é necessário como humano, com nossos erros e acertos, com nossas qualidades e defeitos. Lógico procurando sempre melhorar nossa conduta neste plano.

Portanto ter convicção de que Orisá nos dá suporte suficiente para nossa caminhada diária deve fazer parte de nosso cotidiano. Sem Eles (os Orisás) nada seriamos neste mundo.

Aproveitamos a oportunidade para elencarmos as atividades do mês de junho na Ègbé Omorisá Sangó:

Dia 02 (Sábado– das 15 às 18 horas) Atendimento Público;

Dia06 – (Quarta Feira - às 20h30min) Amalá;

Dia 07 – ( Quinta Feira _ às 10 horas da manhã) Quinta Feira de Odé – Oferenda para o Orisá Odé

Dia 09 - (Sábado– das 15 às 18 horas) Projeto – Discutindo Candomblé de Nação Ketu – Estudo e debate;

Dia 16 - (Sábado– das 15 às 18 horas) Projeto Cantando e Dançando para Orisá ( Projeto liderado e desenvolvido por Ya Nair d1 Oya;

Dia 23 - (Sábado– das 15 às 18 horas) Projeto – Discutindo Candomblé de Nação Ketu – Estudo e debate;

Desejamos a todos um mês abençoado, produtivo e de muitas alegrias. Que a presença de todos (as) faça parte do cotidiano de todos (as) aqueles (as) que lêem este meio de comunicação.

Asé